Pensando o Viver

O lado natural, humano e social de quem pensa o viver, não apenas como um historiador, mas também como um transformador.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Penso


Não existo porque penso
E nem necessariamente sou o que penso
Mas penso porque existo, e porque penso, sei que existo
E penso sendo, sem pensar que necessariamente sou
E sou um pouco do que penso que sou
Mas sou muito mais do que sequer penso, e sequer posso realmente pensar tudo que sou.
Mas sou e penso, existo e penso, e infelizmente muitas vezes penso que sou o que muitas vezes jamais serei.


#pensandooviver

sábado, 5 de março de 2016

Destino

Destinar ao “Destino” o destino de nos destinar é dar ao “Destino” o destino de livremente se destinar, destinando assim nosso “Destino”. 
Ao destinarmos, nós próprios, parcialmente que seja, nosso “Destino”, não damos opção ao “Destino” para sozinho destinar, e destinamos assim, no mínimo em parceria, nosso “Destino” de destinar.


OS: “Destino” aqui não tem o seu sentido pleno de dirigir ou encaminhar absoluta, livre, e totalmente, nosso viver para algo já estabelecido, ou sendo estabelecido por nós mesmos, mas sim o de dar, a conjuntura geral ou a nós mesmo, capacidade ou condição de em algum percentual (ou grau) de ser copartícipe, horas mais preponderante, horas mais à vontade, do nosso viver. 


#pensandooviver

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O que me cabe


Do mesmo lugar de onde eu vim, enquanto ser, é exatamente o mesmo local para onde um dia retornarei, quando minha vida mental se extinguir: o nada, o não existir, o fim do começo e o começo do fim, aquele lugar inenarrável posto que nada há, e não existe referência para defini-lo.

O que me cabe então?

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Você quer mesmo ouvir sobre seu lado menos humano

Você quer mesmo ouvir sobre seu lado menos humano, não pergunte aos amigos, muitos deles têm o costume de não dar valor a este nosso lado, ou apenas o percebem quando exageramos. Alguns amigos, mais ainda, possuem o bom mal costume de sequer perceber nosso lado desumano. Você quer realmente ouvir sobre seu lado “mau”, pergunte aos inimigos, se os tiver, ou aos que não comunguem de suas crenças, que não pensem como você, e que te vejam como um hipócrita ou um papagaio sem criatividade.

domingo, 24 de maio de 2015

Carta aberta a um amigo

Caro amigo;

Torço para que esta carta não seja enfadonha a sua leitura (mas temo que ela o seja). Desta vez vou falar de mim, não que seja naturalmente um assunto importante para nós dois. Não espero e nem desejo de ti nenhuma especial condescendência, benevolência, nem mesmo indulgência ou qualquer tipo de aprovação, escolhi-o como amigo pelo que és e pelo que constróis, e não pelo que de mim pensas. Talvez me perca em certa forma de desabafo, talvez exponha um certo ar de revolta, mas como me conheces, jamais depositarei neste texto algum espirito de desilusão.

Como bem sabes, tenho me esforçado em abolir de meu dicionário de vida o termo e o sentimento de esperança. Busco fazer de minha vida um feliz (dentro do humanamente possível) passear pela desesperança. Nada tenho contra os esperançosos, mas temo sinceramente por algum sofrimento que eles poderiam não sentir caso conseguissem abrir mão de todo estado de esperança, posto que o final da esperança é sempre uma bifurcação entre alcançar ou não alcançar o esperado, e infelizmente, o que a vida tem me mostrado é que na maioria absoluta das vezes, o final mais comum é não ter encontro com o esperado. Infelizmente o poder civil e religioso induz-nos firmemente a ter esperança, pois eles bem sabem que esta nos acalma, domestica, e inibe nossa possível revolta, que poderia nos levar a agir, a ousar transformar, ou a se negar a aceitar sonhos como verdades. Desta forma, faz algum tempo que me esforço em fazer da esperança um nada em minha vida. Busco me concentrar no presente, e deposito minhas energias em realizá-lo o mais plenamente possível, entre muitas outras coisas porque sequer sei se aqui estarei quando leres estas miseras palavras, ou mesmo não sei se estarei vivo, sequer para pelo menos terminar esta carta. Vivendo o presente busco satisfazer-me com o que tenho e com o que me é possível possuir, realizar, construir, aprender, dividir e deixar de exemplos para meus filhos e a quem mais puder interessar. Larguei de mão, ou tento largar de mão, qualquer esperança por tudo aquilo que não está ao meu alcance, ou que de mim não dependa para consegui-lo (isto não significa que abri mão de sua busca, continuarei lutando pelo que quero, pelo que desejo e pela transformação da sociedade, mas não depositarei esperanças frágeis em conseguir o que somente de mim não dependa, continuarei ousando ser obreiro da transformação que entendo certa, e o que conseguir será muito bem-vindo). Como disse, vivo o presente como posso, com o que posso, e para aqueles que possa ajudar. Vivo o presente com imenso amor a vida e com afeto pelos seres humanos, sem me perder em sentimentalismos ou sonhos impossíveis. Vivo o presente na certeza de que mesmo sozinho sou capaz de algo fazer e conseguir, se não uma transformação total, pelo menos alguma demonstração de que temos  algo à fazer, e quem sabe assim conseguir algum eco, mínimo que seja, na sociedade.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

AMOR

O amor possui múltiplas facetas, mas todas elas são aderentes a um bem querer, a certo grau de altruísmo, e devem estar sempre temperadas com alguma racionalidade. Um amor sem bem querer, altruísmo e racionalidade pode ser tudo, mas com certeza não será amor, pode até ser bem-intencionado, todavia passará ao largo de um verdadeiro e humano amor.

O bem querer talvez seja, de longe, a característica mais fácil de ser percebida em quem verdadeiramente ama. Se amo, quero bem. Sob qualquer ponto de vista, se não desejo sinceramente o bem, não amo.
Se amo a minha existência, por certo quero bem para mim.
Se amo meus filhos, com certeza quero bem a eles.
Se amo minha esposa, bem quero a ela.
Se amo meus pais, quero bem a eles.
Se amo meus amigos, decerto quero bem a eles.
Se amo alguém que sofre dores físicas, morais ou mentais, quero bem a este alguém.
Se amo um estranho, por certo desejo o bem a este estranho.
Se amo alguém que não comunga comigo de minhas crenças, que é diferente em alguma referência, com toda certeza devo querer bem e respeitar esta pessoa.
Se amo alguém que de mim não gosta, ou mesmo que pareça ser meu inimigo, me é evidente que deva desejar o bem a este ser.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O amor e a razão


O amor e a razão se completam mutuamente. Um empresta valor ao outro, e de comum agregam valor humano, formando uma simbiose necessária, e sinérgica por excelência.